sábado, 1 de fevereiro de 2014

Jorge Marçal da Silva (1878-1929), fotógrafo

Um fotógrafo desconhecido, cirurgião em Lisboa.
Ericeira, Rapazes em celhas, 1908

Feira-mercado

 Campo Grande, Lisboa. Cavaleiro saloio, 1909

 Lisboa 1909. Deita-gatos

 Seixo, 1916. Fábrica de telha

Fuseiro

Guimarães, 1923. Mulher fiando

Não consta que tenha exposto nem publicado. Usava uma câmara estereoscópica e deixou metodicamente organizadas as caixas de lâminas de vidro destinadas à projecção ou à visão em relevo proporcionada pelo Taxiphote Stéréo-Classeur.
Das cerca de duas mil imagens conservadas na posse de familiares, um primeiro lote de 200 proporcionou uma aproximação ao trabalho do fotógrafo amador que documentou os seus lugares de trabalho, o Hospital de São José, os seus doentes (também no Hospital de D. Estefânea, muitas vistas do país e em especial um largo inventário de profissões rurais e urbanas.
As imagens são documentais e descritivas, como é próprio da opção pela fotografia estereoscópica, sem a intenção romântica e esteticista da fotografia pictorialista do seu tempo.

 Castanheiro

 Sala de operações do Banco do Hospital de S. José, 1911

Depois de ter sido apresentado em Lisboa, a seguir a uma exposição na Ordem dos Médicos das fotografias digitalizadas a partir das chapas originais, o livro é lançado amanhã (1 de Fevereiro), no Porto, e tem estado à venda na Fnac. Também médico e neto de Jorge Marçal da Silva, Manuel Mendes Silva dá a conhecer um olhar sobre o país de há cem anos, abrindo a investigação sobre um acervo que ainda terá bastante para explorar.
Sabe-se que era assinante da revista Arte Photographica e grande amador de ópera.
O livro é uma edição do Núcleo de História da Medicina da Ordem dos Médicos.

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