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quinta-feira, 8 de maio de 2014

1938, o Álbum comemorativo

outra síntese:
ÁLBUM COMEMORATIVO DA EXPOSIÇÃO-FEIRA ANGOLA 1938


Um fotolivro ignorado com fotografias de Firmino Marques da Costa e arquitecturas de Vasco Vieira da Costa

O álbum e a exposição esquecidos
Um feixe de temas: fotografia, arquitectura/design expositivo, política imperial e autonomismo (o governador António Lopes Mateus)
Firmino Marques da Costa (Ether 1987, a visita de Carmona)
Porto 1934 e Luanda 1938 (Benguela 1935 e Lisboa 1937 / 1940)
Vasco Vieira da Costa
O Plano de Fomento de 1936-38 
O autonomismo angolano (o novo Brasil, a posição pró-Angola)
O esquecimento (a II Guerra?)
A etnografia e arte indígena
Fotolivro

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Angola 1938 - Arte Photographica

http://artephotographica.blogspot.pt/2014/04/esquecido.html

No blog do Sérgio B. Gomes, Arte Photographica, o texto que publicou em duas páginas do Público a 6 de Abril - onde me chamava galerista.

Esperava que o Álbum fosse em breve digitalizado no site MEMÓRIA DE ÁFRICA.

E também será comentado (o álbum, os seus autores, o acontecimento que esteve na sua origem, o seu contexto fotográfico, as incógnitas que o envolvem, etc) no próximo Workshop do MUSEU DO TEATRO, a 8 e 9 de Maio: Fotografia / Investigação / Arquivo.


esquecido : "Luanda 1938, um olhar desconhecido"

Fotografia da primeira sequência do Álbum Comemorativo da Exposição-Feira de Angola, 1938

Luanda 1938, um olhar desconhecido

É um objecto gráfico imponente e que dificilmente passa despercebido. Mas o certo é que passou. A historiografia recente ignorou tanto a realização da feira como o Álbum Comemorativo que dela surgiu.

(Público, 6.04.2014)

A longa sequência de mais de cem fotografias começa com uma imagem óbvia nas inaugurações: uma cerimónia de corta-fita, onde o general Oscar Carmona, de farda alva, se destaca com a tesoura na mão. E a fita cai. Mas a partir daqui pouco parece encaixar muito bem no Álbum Comemorativo da Exposição-Feira de Angola, certame que se realizou em 1938, em Luanda. Como aliás toda história (ou a falta dela) desta obra esquecida e muito pouco estudada, que é um dos mais surpreendentes e notáveis fotolivros realizados em Portugal na primeira metade do século XX.


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Luanda: Exhibition-Fair Angola 1938

Luanda: Exhibition-Fair Angola 1938


A forgotten or concealed episode of the history of Angola, and a magnificent photographic album about a colonial exhibition that remained ignored. The photographer Firmino Marques da Costa, hidden under the pseudonym C. Duarte; Vasco Vieira da Costa, a customs official and a great architect before he even was one; A Governor-General who represented the economic interests of the colonists  against the centralism of Lisbon - Coronel António Lopes Mateus; and the democrat and autonomist Dr. António Gonçalves Videira, who delivered a speech on behalf of his “colleagues”.




Two years before the imperial Exhibition of the Portuguese World (“Exposição de Mundo Português”, 1940), a very large Exhibition-Fair was held in Luanda, that did not go down in colonial history. Its was meant to display the economic development of Angola in an “expressive and comprehensive documentary”, rather than exalt the regime’s historicist programme and imperial mystique - the norm with colonial exhibitions, such as the Historical Exhibition of the Occupation (“Exposição Histórica da Ocupação”) held in 1937, in the Eduardo VII Park in Lisbon. The exhibition was meant as a “broad demonstration of the results of our colonizing efforts in Angola” [“our” referring to the colonists] and should “follow an eminently utilitarian and practical orientation (…) providing particular emphasis on matters of economic nature”, wrote Governor-General Colonel António Lopes Mateus (from 1935 to 1939) in the preamble to the ordinance that determined the creation of the event1. It was inaugurated on the occasion of President Carmona’s visit to the Colonies in 1938, but it was clear that welcoming the visit was not the purpose behind the endeavor. The Exhibition-Fair was meant as an acknowledgment, representation or  embodiment of the autonomic aspirations in face of Lisbon’s administrative centralism. Such aspirations had repeatedly been manifested and repressed since the early 1930’s.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Exposição-Feira Angola 1938, com José Manuel Fernandes n'A Pequena Galeria

A Pequena Galeria​, arquitecturas, conversa com José Manuel Fernandes arq., a propósito da exposição sobre a Exposição-Feira de Angola 1938 e Vasco Vieira da Costa







 
 
 
 
 
 

sábado, 5 de abril de 2014

1938 os indígenas em recinto separado





"Os indígenas, em recinto separado apresentar-se-ão em seus característicos bailados e cantares, o que é, como se sabe, espectáculo de maior interesse, muito particularmente para os forasteiros", idem

O álbum não documenta o recinto separado onde se apresentam os indígenas, nem a actuação da orquestra do Teatro Variedades, de Lisboa, contratada especialmente para a Exposição, tal como um excelente grupo de bailarinas, da Metrópole, que actuará em recinto especialmente construído para este fim.
Existiu um aldeia indígena, como sucedera no Porto em 1934?

Na PLANTA GERAL publicada no Catálogo Oficial aparece assinalado à esquerda o "Acampamento indígena", distanciado da grelha dos pavilhões e próximo dos " Serviços Militares ", bem como do "Restaurante-dancing". Também está assinalado um pequeno "Acampamento de Escoteiros "



terça-feira, 1 de abril de 2014

O álbum de 1938 já referido em 1999


duas páginas de 1999



José Manuel Fernandes, in "Arquitectura e Urbanismo no Espaço Ultramarino Português",  História da Expansão Portuguesa (coord. Bethencourt e Chaudhuri), Círculo de Leitores, Lisboa, 1997-1999, vol. 5,  pp.375-376.

(O livro foi depois reeditado pela ed. Temas e Debates, em 2000, com o mesmo formato.)

Antes de referir em 2002 o Álbum no livro Geração Africana, Arquitectura e Cidades em Angola e
Moçambique, 1925-1975, Horizonte, que citei na 'folha de sala', o José Manuel Fernandes revelou a sua existência e importância nessa publicação. Mas a abordagem da Exposição-Feira por via da arquitectura não se repercutiu nos estudos gerais do mm volume.

Mais tarde foi possível identificar os pavilhões projectados por João Eugénio de Morim (pavilhão de Benguela, "de arrojada torre prismática facetada" JMF) e situar a intervenção de Fernando Batalha, autor apenas do Pavilhão Principal ou de Honra - ver foto acima.

Vasco Regaleira projecto o Pavilhão do Banco de Angola (então BNU - a ver)

Não é a estátua de Salazar que se vê no salão principal do Pavilhão de Honra (embora pareça, de facto), mas a de um navegador a identificar. O ditador aparece apenas, pelo que se pode averiguar no álbum, numa muito pequena fotografia, na também pequena e única sala de teor afirmadamente político.



Outras notas: os pavilhões não são todos de gosto Art déco, como o pp JMF dirá adiante; e o monumento é da autoria de J.E. de Morim (?).

O JMF destaca o Pavilhão das Informações, "de elegante lettering modernista na fachada envidraçada";
o de Benguela, "de arrojada torre prismática facetada" (Morim);
o posto emissor do Rádio Club de Angola, "de estética quase construtivista";
pavilhão do Bié, excepção revivalista ao gosto Art déco dominante;
o pav. dos caminhos de ferro de Benguela, "de fachada decorativa", apresentava a maqueta projectada por Cassiano Branco





diario de lisboa II








...esforço, não diremos inútil, mas ingrato, não compensador do trabalho que deu e dinheiro que custou, porque custou muito dinheiro

à exp foi dado tal carácter de seriedade que excluiu diversões, à excepção do grande restaurante... contratada a Orquestra Vitória, do Arcádia, e a gentil bailarina Lucy Snow, com o seu colega Charles e um grupo de 'girls'

...infelizmente excessivo


pavilhões colossais, audazes, rompendo o espaço com as agulhas e cúpulas modernistas


No sopé da fortaleza, extremo da Exposição, está uma aldeia indígena, com suas palhotas e usos e costumes da vida dos negros em comum.

(cf. Diário da Manhã)





quarta-feira, 26 de março de 2014

Luanda 1938

vista a partir do Restaurante-dancing

foto 8

"Em mais de cem pavilhões e stands, todos de aspecto moderno e cheios de linhas da maior elegância, projectados por artistas de Angola e construídos por operários também desta colónia
vão os visitantes encontrar, em artísticas exposições, uma grande demonstração das qualidades
 de trabalho, do esforço e da boa vontade destes incansáveis colonos de Angola, 
que, em muitos casos, os surpreenderá positivamente."
do Guia da Exposição-Feira de Angola, Luanda agosto de 1938





"Os indígenas, em recinto separado apresentar-se-ão em seus característicos bailados e cantares, o que é, como se sabe, espectáculo de maior interesse, muito particularmente para os forasteiros", idem

O álbum não documenta o recinto separado onde se apresentam os indígenas, nem a actuação da orquestra do Teatro Variedades, de Lisboa, contratada especialmente para a Exposição, tal como um excelente grupo de bailarinas, da Metrópole, que actuará em recinto especialmente construído para este fim.
Existiu um aldeia indígena, como sucedera no Porto em 1934?

Na PLANTA GERAL publicada no Catálogo Oficial aparece assinalado à esquerda o "Acampamento indígena", distanciado da grelha dos pavilhões e próximo dos " Serviços Militares ", bem como do "Restaurante-dancing". Também está assinalado um pequeno "Acampamento de Escoteiros "




terça-feira, 25 de março de 2014

1938 Álbum: indígenas e arte indígena


(pistas sobre Etnografia angolana, anos 30, no final )

 8

28

33

Alguns pretos ou negros perdidos no cenário
e os pavilhões próprios, de arte indígena (representação geral 90 e 91); uma aldeia no Pav. de Benguela, e as esculturas no exterior (tb fotografadas por Elmano Cunha e Costa); os pavilhões de arte indígena do Bié e de Malange

90
Arte indígena, pavilhão 5

91
idem, interior

108
Pav. Benguela

121
Sociedade Agrícola do Cassequel (Benguela)

128
Bié
131
Malange

#

Do Acampamento indígena não há fotos(é referido na crónica do Diário de Lisboa)

#

Em 1938 é presidente da Câmara de Luanda (interino) o eng. Fernando Mouta, autor da obra pioneira 'Etnografia Angolana', editada em 1934. (Carlos Estermann refere-se-lhe em 1956 como a 1ª obra que conhece no género).

África Ocidental Portuguesa (Malange e Lunda) - 1ª Exposição Colonial Portuguesa 1934

está todo reproduzido aqui*:  rare-livre-culte-1934
em site de Contrees lointaines
acedido em 25/03/2014 através de Central Library of African Studies (Biblioteca Central de Estudos Africanos):

* trata-se de um exemplar que foi encadernado - diferente da edição original que reúne as folhas soltas num envelope.

O eng. Fernando Mouta trabalhou nos estudos do prolongamento do Caminho de Ferro de Luanda além Malange, como refere na 2ª das duas intervenções que proferiu no 1º Congresso Nacional de Antropologia Cultural, por ocasião da 1ª Exp. Colonial Portuguesa, Porto 1934: Notícia sobre um curioso tambor dos Mussucos (Lurêmo Angola ) pp. 210-2, com 2 fotos, e Contribuição para o estudo da Etnografia angolana (distritos de Malange e Lunda), pp. 213-6. 

O eng. Fernando Mouta, entre outros lugares na estrutura organizativa da Exposição-Feira, pertenceu à Subcomissão da Representação Indígena.
O P. Carlos Estherman integrou a Delegação Provincial de Huíla.

Elmano Cunha e Costa expôs em Lisboa, no SNI, fotografias etnográficas. Ver: https://alxpomar.blogspot.com/search/label/Elmano%20Cunha%20e%20Costa

Outra ponta da meada é José Redinha, em Angola desde 1928/9, como jornalista e desenhador de arte. Em 1936 realizou-se uma exp. dos objectos etnográficos que recolheu, o que o levou a ser contratado pela Diamang e ao lugar de conservador do Museu do Dundo