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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

João Francisco, "Paredes de Papel" em Torres Vedras, "um jardim"

 Entretanto ficou atrasada a referência à exposição do João Francisco em Torres Vedras na Fábrica das Histórias - Casa Jaime Umbelino: "Paredes Pintadas", com duas instalações em diferentes salas.

Aqui, "Sem título - um jardim", 2025, tinta acrílica sobre papel, a ocupar todas as paredes:






"Tendo como ponto de partida os extraordinários papéis pintados na China e exportados para a Europa a partir do séc. XVII, e que ainda sobrevivem em muitos palácios e casas da nobreza, entramos num jardim onde árvores se sucedem, envolvendo a totalidade do espaço. Talvez este jardim, ao contrário das cenas idílicas e auspiciosas presentes nas porcelanas e papéis chineses, seja menos belo ou elegante. Não será certamente menos convidativo à contemplação e à meditação. Talvez seja o jardim que precisamos, ou merecemos, no tempo presente em que vivemos.
João Francisco

Na folha de sala que escreveu (e ele é um pintor erudito e é sempre o seu melhor intérprete - e legível, objectivo e inteligível) aponta para um prato de porcelana chinesa que colocou na outra sala em lugar de destaque:


"Este fantástico e raro prato chinês (em porcelana Kraak e possivelmente do séc. XVII) apresenta na decoração do seu painel central um jardim onde, rodeada por plantas, uma ave pousa numa estranha estrutura, quase uma escultura modernista. Esta "estrutura" representa na realidade, embora com alguma fantasia, uma pedra Gongshi, pedras com formas bizarras que eram apreciadas pelos eruditos chineses pelas suas qualidades estéticas e usadas em exercícios de contemplação e meditação.

O que encontramos na segunda sala é então, à imagem desta deliciosa imagem pintada em porcelana, "um jardim"."


É o que se pode chamar pintura expandida, onde a "imitação" de papel de parede não se repete como padrão, antes se mostra como um jardim contínuo onde árvores e arbustos circundam o espaço sobre uma faixa de terra na qual se acumulam como restos objectos variados, pedras e folhas secas, livros e cartas de jogar, um caderno desenhado, meia caveira animal, uma sapatilha, etc. e também um auto-retrato pintado. Outro encontra-se numa árvore do painel central, entre janelas, acompanhado por retratos que o têm acompanhado em diferentes pinturas (Gauguin é o mais evidente, outros a identificar). 

E nas árvores à volta há flores, fitas coloridas e pássaros pintados, por vezes acompanhados por outros empalhados, juntando peças das suas colecções às que pertenceram ao proprietário da casa, Jaime Umbelino. 

Passando quadro à instalação de pintura, J.F. prossegue com o papel de parede ou "Parede de papel" a exploração que antes passou pela referência à tapeçaria "mille-fleur" (gal. 111 2018) e por outras árvores pintadas (Sintra 2022)



terça-feira, 14 de abril de 2015

O Solar dos Jorges




O SOLAR DOS JORGES

Enquanto houver um espaço livre, Jorge Soares irá acrescentar sempre novas figuras às paredes e muros exteriores da vivenda que comprou em 1972 como casa de férias, perto de Lisboa, onde nasceu - situada a pouca distância da Praia Azul (Boavista, Silveira, Torres Vedras). Chamou-lhe Solar dos Jorges, incluindo os nomes dos dois filhos. Depois de reformado e viuvo, já no início do século, passou a dedicar todo o tempo às decorações murais em fragmentos de azulejo, pedras roladas e outros materiais encontrados, bem como às esculturas e instalações com objectos heteróclitos que foi antes acumulando e que continua a recolher para lhes dar novos usos. 

Transformou todas as fachadas da vivenda original e deu uma nova pele às paredes da casa e aos muros junto à estrada, inventou monumentos no jardim (mais um barco, um poço, uma ponte), criou um labirinto de ruas e recantos, baptizou-os com os nomes dos familiares mais próximos, ergueu uma torre e hasteou uma bandeira, gravou versos em pedra, instalou colecções e abriu um museu privado. Todas as superfícies são invadidas por uma decoração proliferante, ordenada em painéis figurativos ou caoticamente distribuida, criada com uma grande diversidade de materiais, técnicas e inspirações, sempre com materiais reciclados e meios de trabalho rudimentares. É a construção de um universo pessoal, um puzzle enciclopédico, muitas vezes paródico, obra de um mestre do azulejo recortado que é antes de tudo um humorista.

sábado, 11 de abril de 2015

Estreia do filme O SOLAR DOS JORGES, a 17 de Abril, que continuará em exibição diária, acompanhado por uma exposição fotográfica documental.

sábado, 23 de novembro de 2013

Augusto Alves da Silva, "Book v2.1", Torres Vedras, 2013

A série "Book" que se viu em Serralves em 2009, Sem Saída / Dead End, pp. 132-157, teve uma nova versão em Torres Vedras, apresentada pela Cooperativa de Comunicação e Cultura / Centro de Cultura Contemporânea, na inauguração do espaço Camara Escura. De 26 outubro 2013 a 4 janeiro 2014.
Com o título Book v2.1, incluindo novas fotografias.




No blog do Augusto Alves da Silva, esta foto levou o tratamento conveniente e ficou outra coisa (a partir do meu fb); até me pareceu uma boa foto.

https://www.facebook.com (28 de Outubro) FB da C|amara Escura

http://augustoalvesdasilva.blogspot.nl blog do A.A.S.

"reportagem"










tratada pelo Augusto
191KB (709x946p  72p/i)



terça-feira, 13 de novembro de 2012

João Francisco, Torres Vedras, 2012: "Objectos Encontrados..."

 13/11/2012

OBJECTOS ENCONTRADOS a partir das reservas do Museu Leonel Trindade