Mostrar mensagens com a etiqueta Vasco Vieira da Costa. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Vasco Vieira da Costa. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Luanda: Exhibition-Fair Angola 1938

Luanda: Exhibition-Fair Angola 1938


A forgotten or concealed episode of the history of Angola, and a magnificent photographic album about a colonial exhibition that remained ignored. The photographer Firmino Marques da Costa, hidden under the pseudonym C. Duarte; Vasco Vieira da Costa, a customs official and a great architect before he even was one; A Governor-General who represented the economic interests of the colonists  against the centralism of Lisbon - Coronel António Lopes Mateus; and the democrat and autonomist Dr. António Gonçalves Videira, who delivered a speech on behalf of his “colleagues”.




Two years before the imperial Exhibition of the Portuguese World (“Exposição de Mundo Português”, 1940), a very large Exhibition-Fair was held in Luanda, that did not go down in colonial history. Its was meant to display the economic development of Angola in an “expressive and comprehensive documentary”, rather than exalt the regime’s historicist programme and imperial mystique - the norm with colonial exhibitions, such as the Historical Exhibition of the Occupation (“Exposição Histórica da Ocupação”) held in 1937, in the Eduardo VII Park in Lisbon. The exhibition was meant as a “broad demonstration of the results of our colonizing efforts in Angola” [“our” referring to the colonists] and should “follow an eminently utilitarian and practical orientation (…) providing particular emphasis on matters of economic nature”, wrote Governor-General Colonel António Lopes Mateus (from 1935 to 1939) in the preamble to the ordinance that determined the creation of the event1. It was inaugurated on the occasion of President Carmona’s visit to the Colonies in 1938, but it was clear that welcoming the visit was not the purpose behind the endeavor. The Exhibition-Fair was meant as an acknowledgment, representation or  embodiment of the autonomic aspirations in face of Lisbon’s administrative centralism. Such aspirations had repeatedly been manifested and repressed since the early 1930’s.

terça-feira, 1 de abril de 2014

O álbum de 1938 já referido em 1999


duas páginas de 1999



José Manuel Fernandes, in "Arquitectura e Urbanismo no Espaço Ultramarino Português",  História da Expansão Portuguesa (coord. Bethencourt e Chaudhuri), Círculo de Leitores, Lisboa, 1997-1999, vol. 5,  pp.375-376.

(O livro foi depois reeditado pela ed. Temas e Debates, em 2000, com o mesmo formato.)

Antes de referir em 2002 o Álbum no livro Geração Africana, Arquitectura e Cidades em Angola e
Moçambique, 1925-1975, Horizonte, que citei na 'folha de sala', o José Manuel Fernandes revelou a sua existência e importância nessa publicação. Mas a abordagem da Exposição-Feira por via da arquitectura não se repercutiu nos estudos gerais do mm volume.

Mais tarde foi possível identificar os pavilhões projectados por João Eugénio de Morim (pavilhão de Benguela, "de arrojada torre prismática facetada" JMF) e situar a intervenção de Fernando Batalha, autor apenas do Pavilhão Principal ou de Honra - ver foto acima.

Vasco Regaleira projecto o Pavilhão do Banco de Angola (então BNU - a ver)

Não é a estátua de Salazar que se vê no salão principal do Pavilhão de Honra (embora pareça, de facto), mas a de um navegador a identificar. O ditador aparece apenas, pelo que se pode averiguar no álbum, numa muito pequena fotografia, na também pequena e única sala de teor afirmadamente político.



Outras notas: os pavilhões não são todos de gosto Art déco, como o pp JMF dirá adiante; e o monumento é da autoria de J.E. de Morim (?).

O JMF destaca o Pavilhão das Informações, "de elegante lettering modernista na fachada envidraçada";
o de Benguela, "de arrojada torre prismática facetada" (Morim);
o posto emissor do Rádio Club de Angola, "de estética quase construtivista";
pavilhão do Bié, excepção revivalista ao gosto Art déco dominante;
o pav. dos caminhos de ferro de Benguela, "de fachada decorativa", apresentava a maqueta projectada por Cassiano Branco





sábado, 22 de março de 2014

Angola 1938



Apresentação de um Álbum ou photobook praticamente desconhecido, editado dois anos antes da Exposição do Mundo Português, por ocasião da visita de Carmona às Colónias. Fotografada por Firmino Marques da Costa (atribuição), a EXPOSIÇÃO-FEIRA ANGOLA 1938 quis ser a demonstração “vincadamente utilitária e prática” da realidade económica de Angola e da determinação dos velhos colonos, muitos deles de inclinação autonomista, face à política imperial de Lisboa. Concebida e realizada apenas por gente de Angola, teve direcção técnica de Vasco Vieira da Costa, então um jovem desenhador e funcionário aduaneiro, que viria a ser o grande arquitecto moderno de Angola (o autor do Mercado de Kinaxixe, 1950-52). 
O Álbum editado pelo Governo Geral de Angola, certamente escassamente distribuído e apenas como ofertas, é um dos melhores photobooks de produção nacional (neste caso angolana), a conhecer quando quatro outras publicações portuguesas entram no 3º vol. da obra de Martin Parr e Gerry Badger (The Photobook: A History). Revelação da produção arquitectónica e cenográfica inicial de Vasco Vieira Costa (1911-1982, naturalizado angolano), pode ser  igualmente a abordagem a um momento particular da história colonial de Angola, sob o mandato também pouco estudado do então governador coronel António Lopes Mateus (1935-1939), depois presidente da Diamang,