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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

DOÇARIA ERÓTICA

 Faltam 6 dias para a exposição encerrar, incluindo o próximo fim de semana - e já foi prolongada de 10 de agosto para 7 de setembro. Discretamente.



Ainda me avisaram a tempo.

"QUANDO O CORPO SE FAZ DOCE - Erotismo e religiosidade na doçaria" percorre o doçaria conventual e tradicional, a das elites e a popular, os doces de feira, focando as sugestões sexuais que estão presentes nos títulos e nas formas.
Está no Museu de Lisboa, núcleo de Santo António à Sé, e resulta de uma parceria com o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da U de Coimbra, onde se investigam Culturas da Alimentação e Patrimónios Alimentares. O comissariado e os textos do catálogo são de Paula Barata Dias e Cristina Oliveira Bastos.
O assunto é sério e é jocoso, e apresenta-se bem no formato expositivo e na publicação que fica: design de Joana Cintra Gomes e Leonor Wagner Alvim (esta também do catálogo).

Orelhas de Abade, Pirilau de Santo Ambrósio, Pitos de Santa Luzia, Garganta e Mimos, Maminha, Barriga de Freira (a freira é produtora e objecto de atração e ofeerta sexual), Pão de Corno, Ferramenta de São Gonçalo são algumas das muitas especialidades, onde a imaginação e o humor são abençoados pela igreja e os santos. Junta-se à malandrice o véu da devoção. Os textos exploram as histórias, as origens locais e os mitos, com uma prosa atraente, rápida e bem acessível. Parecem bem informados.





Entretanto é de sublinhar a ineficácia da Agenda Cultural da Câmara (EGEAC/CML) que é um alinhamento o mais confuso possível de lugares e eventos, de critérios insondáveis, de leitura quase impossível e pejada de erros. Cabe tudo, produções e espaços da CML, que deveriam ter prioridade absoluta, e um mar de miudezas que alguns se reservam mensalmente com habilidade e outros dispensam. Na edição de Julho o destaque da exp. arrumava-se na secção Ciência. É arte. Em Agosto não estava indicada.

E há que prestar atenção a outras exposições que se visitarão não por obrigação e com sacrifício - há artes modestas (di Rosa, Hervé), menores e discretas que se descobrem com gosto e proveito, fora dos holofotes da crítica, se ela existe:

1. NO PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS até 30 dez.



E 2 NO GABINETE DE ESTUDOS OLISIPONENSES - PALÁCIO DO BEAU SÉJOUR, até 28 nov. só em dias úteis 11-17h (páginas da Agenda)