Mostrar mensagens com a etiqueta De Maputo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta De Maputo. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

From Maputo (2013)


“From Maputo” / “De Maputo” 

Photographs by José Cabral and Luís Basto

In the space between pioneer photographer Ricardo Rangel and the new photographers who have taken part in BES Photo and Gulbenkian’s Next Future – Mário Macilau, Mauro Pinto and Filipe Branquinho –, there are the works of those who differed from what we might refer to as the Mozambican school of photography, the photojournalistic and humanist tradition, which, incidentally, has quite a few good authors in its ranks. 

José Cabral (b. 1952, Maputo) is the man behind the rupture, having instilled the desire for a personal discourse in Mozambique’s photography collective, a discourse based upon a wide knowledge of international photography and in broad cultural interests, going beyond the national and African framework.



The autobiographical reference in his last three exhibitions – “As Linhas da Minha Mão” (The Lines of My Hand), 2006 Maputo, Photofesta; “Anjos Urbanos / Urban Angels”, 2009 at P4 Photography, Lisbon and Maputo, “Espelhos Quebrados” (Broken Mirrors), 2012, Maputo – is a courageous contribution to bringing to light the role and place of the beholder, and in doing so, in exposing his own history as well, is a lucid artistic intervention in the present events of a rapidly changing country. Both during and after the collective dynamic, with its unforeseen and often terrible setbacks, it was time for each artist to question himself, as well as the sense of a common path. In “De Maputo” there are works of those three exhibitions on display: personal anthology, children (Cabral’s and the other people’s, with an obvious differentiation in skin colour and social means) and the near self-portraits signalling courses of life and relationships.
José Cabral is now the cultural reference and the unruly master of young photographers, with an extensive body of work dating back to 1975, when he began working as a photographer at the Instituto Nacional de Cinema (National Film Institute), followed by few years as an agency photojournalist, a newspaper photographer for Notícias e and Domingo, with Rangel, in 1981-82, and, later, a professor at the Centro de Formação Fotográfica (Centre for Photographic Education), between 1986 and 1990. In 1996 he published his first book, Guerra da Água (Water War), on Ébano Multimédia, in association with a Licínio de Azevedo film of the same name (in colour, with printing problems). He has tried to get by as a photographer in Maputo, which is no easy feat.



Luís Basto (b. 1969, Maputo) is also a self-taught photographer, with a unique and recognizable language, present in international collective shows such as “Africa Remix” (2004) and Okwui Enwezor’s “Snap Judgments – new positions in contemporary African photography” (2006), in which he was Mozambique’s sole representative. While building a large database of documentary footage of the country (www.mozambiquephotos.com), Luís Basto has also been a photographer of the city and the of the ability to survive that lies therein: “The empty years are decades gone; with them the fate of a generation who had to fight war for other men’s reasons. Many born into peace have no memory of the fragmented lives that flooded the city as wandering souls. Where we came from and where we are now is framed not as much by time as by the dimensions of city space. We are in the windows, behind the doors, reflected citizens in all our contradictions.” – Berry Bickle e Luís Basto, in Luís Basto fotógrafo, Éditions de l’Oeil, 2004.

Moira Forjaz is the author of Muipiti, Ilha de Moçambique (Muipiti, Island of Mozambique) – text by Amélia Muge, Imprensa Nacional, 1983 – published without her supervision). Born in Zimbabwe in 1942, she visited Lourenço Marques / Maputo regularly since 1961. Holding a degree in Graphic Arts from the Johannesburg School of Arts and Design, Moira Forjaz worked as a photojournalist in Southern Africa since 1964, and lived in Maputo between 1975 and 1988. She helped create the Associação Moçambicana de Fotografia (Mozambican Photography Association), in 1981, and directed two films in that same year. Other publications: Ruth First, Black Gold: The Mozambican Miner, Proletarian and Peasant, St. Martin's Press, New York / Harvester Press, Brighton, 1983 (photographs) and Images of a Revolution: Mural Art in Mozambique, Zimbabwe Publishing House, Harare, 1983 (Albie Sacks, text, Moira Forjaz, Susan Meiselas, photographs). Moira Forjaz went back to showing her work in 2009, “Kukumbula (Memórias) 1976 – 1986”, Espaço de Kulunguana, Maputo.

2013: with Moira Forjaz and Rogério (two small tributes) 26.06.2013


Going back in time, the exhibition includes two works by two authors who, in different ways, brought experience back from Rhodesia and South Africa to Maputo so as to develop original and independent careers in the years after independence, which they later interrupted.



Rogério Pereira was a photographer and photojournalist working in South Africa (1968-1977), Mozambique (1973-1979) and Portugal (1979-1987), whose formally demanding, politically committed and restless production stood out. Born in Lisbon in 1942, he was seven years old when he moved to Mozambique, and 45 when he died of cancer in Setúbal, Portugal, in 1987. In 1973 he exhibited at the Núcleo de Arte (Center for Art) with Ricardo Rangel and Basil Breakey. In 1981 he showed his work at the Gulbenkian Foundation (“Momentos”). In 1990 he was honoured with a retrospective show in two parts at the Associação Moçambicana de Fotografia (Mozambican Association of Photography), in collaboration with Ricardo Rangel, Kok Nam and José Pinto de Sá, who wrote the accompanying text. “Verdade” (Truth), another retrospective of his work, was part of the first edition of Photofesta, in 2002. 


terça-feira, 31 de dezembro de 2013

a pequena galeria em 2013

Inaugurada em 21 de Março de 2013



realizou ao longo do ano (dez meses) doze exposições ( onze de fotografias e uma de gravuras associada a um leilão ); das exposições de fotografia foram quatro colectivas (três Salões e uma colectiva do acervo), duas mostras de grupo e cinco individuais. As duas mostras de grupo foram apresentadas também em Évora e Sines, uma delas, e a segunda noutro espaço de Lisboa. Apresentou obras de x fotógrafos

Salão #1 (Inauguração), até 31 de Março

  • Expuseram-se obras de Ágata Xavier, António Júlio Duarte, Carlos M. Fernandes, Carlos Oliveira Cruz, Céu Guarda, Filipe Casaca, Guilherme Godinho, Jordi Burch, José Cabral, José M. Rodrigues, Mário Cravo Neto, e também de António Almeida, Augusto Cabrita, Silva Nogueira e vários autores anónimos.





Foto de Luís Pereira ( http://www.imagemfix.blogspot.pt/)

António Júlio Duarte, Shangai #379, 2002

domingo, 10 de novembro de 2013

sábado, 7 de setembro de 2013

A Pequena Galeria no Público

as galerias não se medem aos palmos, e as fotografias também não

Ainda não voltámos de férias mas estamos no jornal (Público, Ípsilon, hoje,6, pág. 19/20), graças à Luisa Soares Oliveira - com fotografias de Nuno Ferreira Santos: "Quatro galerias contra a crise", com a Belo-Galsterer, a Bloco 103 e a Mercearia de Artes Alves & Silvestre em Coimbra.

(...) "O caso de A Pequena Galeria é diferente.
É pouco maior do que uma
entrada de prédio, fica na Avenida
24 de Julho, também em Lisboa, e
dedica-se exclusivamente à fotografia
de pequeno formato. Sendo propriedade
de um conjunto de sócios
(Alexandre Pomar, Carlos M. Fernandes,
Guilherme Godinho, Carlos
Oliveira Cruz, Bernardo Trindade e
Ágata Xavier), quem fala por todos*
é o crítico de arte Alexandre Pomar,
que segue aqui as pegadas pouco
usuais do “pai” da crítica de arte em
Portugal, José-Augusto França, que
foi também proprietário de uma galeria
na década de 50**. “Sempre gostei
de fotografia”, afirma Pomar,
antes de salientar que o seu espaço
preenche uma lacuna no meio artístico
português. “A fotografia estava
a ser cada vez mais vista em
Portugal como um objecto fotográfico (,***)
de grandes dimensões, semelhante
a uma pintura, o que a torna
caríssima e inacessível. As galerias
tinham como principal objectivo a
venda destes objectos a instituições,
em vez dos pequenos coleccionadores
que, no estrangeiro, compram
muita fotografia de pequeno formato.”
Abriram a 22 de Março e, segundo
a página que mantêm no Facebook,
desde então fizeram “dois
salões, duas exposições colectivas****,
um leilão e três individuais.”
Quando a visitámos, mostrava um
conjunto de trabalhos dos fotógrafos
José Cabral, Luís Basto, Moira Forjaz
e Rogério Pereira. “O comércio não
é o único objectivo da galeria. Nesta
exposição, por exemplo, há 12 trabalhos
que são meus e não estão à venda.
E há também empréstimos do
Centro de Arte Moderna, que obviamente
também não são para vender.”
Nenhum dos sócios tem na galeria
a sua actividade principal. “Eu,
por exemplo, faço aqui sobretudo
mecenato”, acrescenta Pomar. Foi
ele quem acompanhou a itinerância
de uma exposição do chamado “Grupo
de Évora” a Évora e a Sines, onde
poderá ser vista no Centro Cultural
Emmerico Nunes até dia 28, com
trabalhos de António Carrapato, J.
Cutileiro, Pedro Lobo, José Manuel
Rodrigues e David Infante."*****
(...)

* não falo por todos, mas fui convocado a falar.
** de facto não fomos / somos proprietários: Na Gal. de Março, o França ocupou um espaço cedido, e agora eu integro um colectivo, uma associação em constituição. Mas é uma maneira de dizer, tal como a ideia de lhe seguir as pegadas 60 anos depois...
*** (,) sem virgula percebe-se melhor a ideia do quadro fotográfico
**** depois corrigi no fb: exposições de grupo em vez de colectivas.
***** O "Grupo de Évora" está em Sines (onde está principalmente o José M. Rodrigues no CAS) e o "grupo" "De Maputo" (José Cabral, Luís Basto, Moira Forjaz e Rogério Pereira - este numa presença ilustrativa) está no Centro Intercultura Cidade, em Lisboa - acertadamente ao Poço dos Negros.
Obrigado Luísa 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

domingo, 28 de julho de 2013

Pequena Galeria, Balanço e contas aos 4 meses: 2 exposições e 14 fotógrafos

Desde a inauguração até ao encerramento para férias (...), menos de quatro meses, apresentei n' A Pequena Galeria 14 fotógrafos. 15 contando com as itinerâncias.

No Salão # 1: António Júlio Duarte, José Cabral, José M. Rodrigues e Mário Cravo Neto (6 obras de uma colecção particular).

Na exposição "Grupo de Évora", outros quatro: António Carrapato, João Cutileiro, José M. Rodrigues e Pedro Lobo. (Sendo um repetido, o total provisório é 7) Houve digressão do Grupo por Évora e a mostra foi até Sines (Centro Cultural Emmerico Nunes - onde permanece até 28 de Setembro), acrescentando-se mais um artista: David Infante.

Depois, a exposição "De Maputo" incluiu de novo José Cabral, com Luís Basto, Moira Forjaz e Rogério Pereira. A mostra está agora no Centro Intercultura Cidade, Lisboa, em princípio até final de Setembro. Íamos em 7, tirando os "repetidos", e dá portanto 10.

Por fim, ou por enquanto, nunca se sabe, o Salão Lisboa ( # 2) contou, da minha parte, com mais quatro novos convidados e um repetente: António Júlio Duarte, Carlos Gonçalves, Karin Monteiro, Luisa Ferreira e Mariano Piçarra. Chegamos assim a 14 autores diferentes, em 4 exposições e em cerca de quatro meses, 21 Março/Julho 27. (Com 3 reincidentes, o que será um bom índice de continuidade.)

Editaram-se (editei) postais com reproduções de obras de 6 fotógrafos, em edições de 250 exemplares: António Carrapato (4) , João Cutileiro (7), José M. Rodrigues (6) e Pedro Lobo (4), mais José Cabral (4) e Luís Basto (1). (Total 26 edições) Sem contar com as obras de Jorge Soares, que são outra história.
Valeu a pena.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

De Maputo, nova versão escrita

“DE MAPUTO”


Fotografias de José Cabral e Luís Basto 
(e duas pequenas homenagens a Rogério Pereira e Moira Forjaz)

No Centro Intercultura Cidade:  http://interculturacidade.wordpress.com

Entre o pioneiro Ricardo Rangel e os novos fotógrafos que têm passado pelo BES Photo e o Próximo Futuro da Gulbenkian – Mário Macilau, Mauro Pinto e Filipe Branquinho –, existem as obras dos que se distanciaram daquilo a que se pode chamar a escola moçambicana de fotografia, a tradição fotojornalística e humanista, que conta, aliás, com um número extenso de bons autores. José Cabral (n. 1952, Maputo) é o homem da ruptura, que veio trazer ao colectivo da fotografia de Moçambique a necessidade do discurso pessoal, fundado num conhecimento alargado da fotografia internacional e na abertura a interesses culturais amplos, para além do quadro nacional e africano.

terça-feira, 23 de julho de 2013

"De Maputo" em itinerância (Centro Intercultura Cidade)


José Cabral, Maputo, 1989

Centro Interculturacidade
Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa
à Calç. do Combro (próximo da Assembleia da República, e da Escola Passos Manuel)
Horário de funcionamento: De 2ª a sábado das 14h às 20h
Tel.: 21 820 76 57 Centro Intercultura Cidade
www.interculturacidade.wordpress.com

info.interculturacidade@gmail.com


domingo, 14 de julho de 2013

De Maputo, domingo 14 Julho



OS POSTAIS




 Postais de José Cabral: Cabo Delgado, 2002; Mueda, Cabo Delgado, 1998; e Maputo, 2002. Em baixo, Tete 1993 e Xai-Xai, 1992. À direita, de Luís Basto: Rashid, Maputo, 2004. Ed. A Pequena Galeria / A. Pomar, 250 ex.

E TAMBÉM (stock limitado)
Sérgio Santimano, Escola da vida e Cerimónia de Casamento,  Ilha de Ibo, 1997, da série Cabo Delgado. A photographic history of africa.
Em baixo, Kok Nam, sem título, Rio Revué, Manica, 1981.

Edições  http://www.iluminandovidas.org/ (Suíça). Apenas 10 ex. disponíveis (1€)


ÚLTIMO DIA, domingo 14 Julho. 18-20h

domingo, 7 de julho de 2013

Fotos de José Cabral, PG Junho 2013



em "DE MAPUTO", A Pequena Galeria, 26 Junho - 14 Julho 2013


1 e 2  Iluminando Vidas (recusadas - impossíveis de expor em Bamako, 2003) // 3 e 4, provas de As Linhas da Minha Mão 2006 Ilha de Moçambique) / 5 e 6, provas de Anjos Urbanos (P4 Lisboa 2009 - cat.: http://issuu.com/p4live...)


1 e 2 As Linhas da Minha Mão, 2006 ; foto 1 exp. em Salão # 1 (inauguração) P.G. Março 2013 // 2 exposto em Anjos Urbanos 2009 // 3 a 6, provas de Anjos Urbanos // 3 tb exposto em Espelhos Quebrados 2012 / 4 tb reprod. em Iluminando Vidas
1 prova de As Linhas da Minha Mão, 2006 e foto tb exp. em Anjos Urbanos 2009 // 2 a 6 provas exp. em Anjos Urbanos

"De Perto" - fotos expostas em Espelhos Quebrados, Maputo 2012 (1 a 6) - legendas abaixo
"De Perto" - fotos expostas em Espelhos Quebrados, Maputo 2012 (1 a 4)



www.flickr.com






sexta-feira, 5 de julho de 2013

De Maputo (fotos de Luís Pereira)


Luís Basto ("Espaços Iluminados") e Moira Forjaz, ao fundo

José Cabral

Luís Basto, "Terra-Mar"

Rogério (e cartazes(

Fotografias de Luís Pereira no blog Photosíntese  http://imagemfix.blogspot.pt

quarta-feira, 3 de julho de 2013

FROM MAPUTO

“From Maputo” / “De Maputo” at A Pequena Galeria (The Little Gallery) Lisboa

 Photographs by José Cabral and Luís Basto, with Moira Forjaz and Rogério (two small tributes) 26.06 - 14.07.2013 1

In the space between pioneer photographer Ricardo Rangel and the new photographers who have taken part in BES Photo and Gulbenkian’s Next Future – Mário Macilau, Mauro Pinto and Filipe Branquinho –, there are the works of those who differed from what we might refer to as the Mozambican school of photography, the photojournalistic and humanist tradition, which, incidentally, has quite a few good authors in its ranks. José Cabral (b. 1952, Maputo) is the man behind the rupture, having instilled the desire for a personal discourse in Mozambique’s photography collective, a discourse based upon a wide knowledge of international photography and in broad cultural interests, going beyond the national and African framework.
The autobiographical reference in his last three exhibitions – “As Linhas da Minha Mão” (The Lines of My Hand), 2006 Maputo, Photofesta; “Anjos Urbanos / Urban Angels”, 2009 at P4 Photography, Lisbon and Maputo, “Espelhos Quebrados” (Broken Mirrors), 2012, Maputo – is a courageous contribution to bringing to light the role and place of the beholder, and in doing so, in exposing his own history as well, is a lucid artistic intervention in the present events of a rapidly changing country. Both during and after the collective dynamic, with its unforeseen and often terrible setbacks, it was time for each artist to question himself, as well as the sense of a common path. In “De Maputo” there are works of those three exhibitions on display: personal anthology, children (Cabral’s and the other people’s, with an obvious differentiation in skin colour and social means) and the near self-portraits signalling courses of life and relationships.
José Cabral is now the cultural reference and the unruly master of young photographers, with an extensive body of work dating back to 1975, when he began working as a photographer at the Instituto Nacional de Cinema (National Film Institute), followed by few years as an agency photojournalist, a newspaper photographer for Notícias e and Domingo, with Rangel, in 1981-82, and, later, a professor at the Centro de Formação Fotográfica (Centre for Photographic Education), between 1986 and 1990. In 1996 he published his first book, Guerra da Água (Water War), on Ébano Multimédia, in association with a Licínio de Azevedo film of the same name (in colour, with printing problems). He has tried to get by as a photographer in Maputo, which is no easy feat.
Luís Basto (b. 1969, Maputo) is also a self-taught photographer, with a unique and recognizable language, present in international collective shows such as “Africa Remix” (2004) and Okwui Enwezor’s “Snap Judgments – new positions in contemporary African photography” (2006), in which he was Mozambique’s sole representative. While building a large database of documentary footage of the country (www.mozambiquephotos.com), Luís Basto has also been a photographer of the city and the of the ability to survive that lies therein: “The empty years are decades gone; with them the fate of a generation who had to fight war for other men’s reasons. Many born into peace have no memory of the fragmented lives that flooded the city as wandering souls. Where we came from and where we are now is framed not as much by time as by the dimensions of city space. We are in the windows, behind the doors, reflected citizens in all our contradictions.” – Berry Bickle e Luís Basto, in Luís Basto fotógrafo, Éditions de l’Oeil, 2004.
Going back in time, the exhibition includes two works by two authors who, in different ways, brought experience back from Rhodesia and South Africa to Maputo so as to develop original and independent careers in the years after independence, which they later interrupted.
Rogério Pereira was a photographer and photojournalist working in South Africa (1968-1977), Mozambique (1973-1979) and Portugal (1979-1987), whose formally demanding, politically committed and restless production stood out. Born in Lisbon in 1942, he was seven years old when he moved to Mozambique, and 45 when he died of cancer in Setúbal, Portugal, in 1987. In 1973 he exhibited at the Núcleo de Arte (Center for Art) with Ricardo Rangel and Basil Breakey. In 1981 he showed his work at the Gulbenkian Foundation (“Momentos”). In 1990 he was honoured with a retrospective show in two parts at the Associação Moçambicana de Fotografia (Mozambican Association of Photography), in collaboration with Ricardo Rangel, Kok Nam and José Pinto de Sá, who wrote the accompanying text. “Verdade” (Truth), another retrospective of his work, was part of the first edition of Photofesta, in 2002.

Moira Forjaz is the author of Muipiti, Ilha de Moçambique (Muipiti, Island of Mozambique) – text by Amélia Muge, Imprensa Nacional, 1983 – published without her supervision). Born in Zimbabwe in 1942, she visited Lourenço Marques / Maputo regularly since 1961. Holding a degree in Graphic Arts from the Johannesburg School of Arts and Design, Moira Forjaz worked as a photojournalist in Southern Africa since 1964, and lived in Maputo between 1975 and 1988. She helped create the Associação Moçambicana de Fotografia (Mozambican Photography Association), in 1981, and directed two films in that same year. Other publications: Ruth First, Black Gold: The Mozambican Miner, Proletarian and Peasant, St. Martin's Press, New York / Harvester Press, Brighton, 1983 (photographs) and Images of a Revolution: Mural Art in Mozambique, Zimbabwe Publishing House, Harare, 1983 (Albie Sacks, text, Moira Forjaz, Susan Meiselas, photographs). Moira Forjaz went back to showing her work in 2009, “Kukumbula (Memórias) 1976 – 1986”, Espaço de Kulunguana, Maputo.
#
This exhibition was organized with Philip Branquinho, and with the complicity of Janice Lemos and Uno Pereira, in Maputo and Cape Town, as well as Isabel Carlos and Leonor Nazaré (at the Modern Art Centre of the Calouste Gulbenkian Foundation), who made it possible for Rogério Pereira to be represented. Malenga and Mauro Pinto assisted in the assembling. “De Maputo” is dedicated to Elisa Santos, who has been revealing the new “Ocupantes” to us, and to Elísio Macamo, who teaches us how to think, from Mozambique via Basel.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

DE MAPUTO, folha de sala

“De Maputo” n'A Pequena Galeria

Fotografias de José Cabral e Luís Basto, e também de Rogério Pereira e Moira Forjaz (duas pequenas homenagens)

Entre o pioneiro Ricardo Rangel e os novos fotógrafos que têm passado pelo BES Photo e o Próximo Futuro da Gulbenkian – Mário Macilau, Mauro Pinto e Filipe Branquinho –, existem as obras dos que divergiram do que se pode chamar a escola moçambicana de fotografia, a tradição fotojornalística e humanista, que conta, aliás, com um número extenso de bons autores. José Cabral (n. 1952, Maputo) é o homem da ruptura, que veio trazer ao colectivo da fotografia de Moçambique a necessidade do discurso pessoal, fundado num conhecimento alargado da fotografia internacional e na abertura a interesses culturais amplos, para além do quadro nacional e africano.

A referência autobiográfica presente nas suas últimas três exposições (“As Linhas da Minha Mão”, 2006 Maputo, 3º Photofesta; “Anjos Urbanos / Urban Angels”, 2009, P4 Photography, Lisboa, e Maputo; “Espelhos Quebrados”, 2012, Maputo) é uma contribuição corajosa para pôr em evidência o papel e o lugar de quem observa, e que assim, ao expor também a sua história própria, intervém lucidamente como artista nos acontecimentos do presente de um país em mudança. Durante e depois da dinâmica colectiva, com as suas vicissitudes imprevistas, e também terríveis, era tempo de cada um se interrogar a si mesmo e ao possível sentido do percurso comum. Vêem-se agora em “De Maputo” obras escolhidas dessas três exposições: a antologia pessoal, as crianças (os filhos de Cabral e os dos outros, com uma óbvia diferenciação de cor de pele e de meios sociais) e por fim os quase auto-retratos que sinalizam percursos de vida e relações (agora sob o título geral "De Perto").

José Cabral é hoje a referência cultural e o mestre indisciplinado dos jovens fotógrafos, com uma extensa obra realizada desde que em 1975 começou a trabalhar como fotógrafo no Instituto Nacional de Cinema, a que se seguiram alguns poucos anos de repórter fotográfico de agência, depois no Notícias e no Domingo, com Rangel em 1981-82, mais tarde professor no Centro de Formação Fotográfica, de 1986 a 1990. Em 1996 publicou o primeiro livro A Guerra da Água, edição da Ébano Multimédia associada ao filme de Licínio de Azevedo com o mesmo nome (a cores, com problemas de impressão). Tem tentado viver como fotógrafo em Maputo, o que é bem difícil.

Luís Basto (n. 1969, Maputo) é igualmente um autodidacta, com um discurso próprio e reconhecido, que esteve presente em colectivas internacionais como “Africa Remix” (2004) e “Snap Judgments – new positions in contemporary african photography” (2006) de Orkui Enwezor, aqui como único representante de Moçambique. Ao mesmo tempo que tem construído um grande banco de imagens documentais do país (www.mozambiquephotos.com), é um fotógrafo da cidade e da capacidade de sobreviver que aí se refugia: "Os anos vazios passaram; com eles o destino de uma geração que deveria combater pelas razões de outros homens. Muitos nascidos na paz não têm memória das vidas fragmentadas que inundavam a cidade como almas penadas. Donde viemos e onde estamos agora enquadra-se menos no tempo que nas dimensões de espaço da cidade. Estamos nas janelas, atrás das portas, cidadãos reflectidos em todas as nossas contradições." – Berry Bickle e Luís Basto, em Luís Basto fotógrafo, 2004, Éditions de l’Oeil, Montreuil.

Recuando no tempo, a exposição inclui duas obras de dois autores que, de modos diferentes, trouxeram a experiência adquirida na Rodésia e na África do Sul para desenvolver em Maputo percursos originais e independentes nos anos posteriores à independência, depois interrompidos.

Rogério Pereira foi um fotógrafo e fotojornalista com itinerário na África do Sul (1968-1977), em Moçambique (1973-1979) e em Portugal (1979-1987), que se destacou com uma produção politicamente empenhada e inquieta, de grande exigência formal. Nasceu em 1942 em Lisboa, foi aos sete anos para Moçambique, e morreu de cancro em Setúbal em 1987 com 45 anos. Em 1973 expôs no Núcleo de Arte com Ricardo Rangel e Basil Breakey. Em 1981 mostrou o seu trabalho na Fundação Gulbenkian (“Momentos”). Em 1990 foi-lhe dedicada uma retrospectiva em duas partes na Associação Moçambicana de Fotografia com a colaboração de Ricardo Rangel, Kok Nam e José Pinto de Sá, que escreveu o texto do catálogo. Uma outra retrospectiva integrou o 1.º Photofesta, em 2002, com o título “Verdade”.

Moira Forjaz é a autora de Muipiti, Ilha de Moçambique (com texto de Amélia Muge, Imprensa Nacional, 1983 – editado sem a sua supervisão). Nasceu no Zimbabwe em 1942; visitou Lourenço Marques desde 1961; com formação em Graphic Arts na Johannesburg School of Arts and Design, trabalhou como fotojornalista na África Austral desde 1964, e viveu em Maputo entre 1975 e 1988; participou na formação da Associação Moçambicana de Fotografia em 1981 e realizou dois filmes nesse mesmo ano. Outras publicações: Ruth First, Black Gold: The Mozambican Miner, Proletarian and Peasant, St. Martin’s Press, New York / Harvester Press, Brighton, 1983 (fotografias), e Images of a Revolution: Mural Art in Mozambique, Zimbabwe Publishing House, Harare, 1983 (Albie Sacks, texto; Moira Forjaz e Susan Meiselas, fotografias). Voltou a expôr em 2009, “Kukumbula  (Memórias) 1976 – 1986”, Espaço de Kulungwana, Maputo.

#

A organização da exposição teve a colaboração de Filipe Branquinho, e a cumplicidade de Janice Lemos e Uno Pereira, em Maputo e Cape Town, bem como de Isabel Carlos e Leonor Nazaré (do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian), que tornaram possível a representação de Rogério Pereira. Na montagem colaboraram também Malenga e Mauro Pinto.
A mostra "De Maputo" é dedicada a Elisa Santos, que nos tem revelado os novos Ocupantes, e a Elísio Macamo, que de Maputo via Basileia, nos ensina a pensar.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

"De Maputo", convite e press release



TEXTO ANEXO:




“De Maputo”
Entre o pioneiro Ricardo Rangel e os novos fotógrafos que têm passado pelo BES Photo e o Próximo Futuro da Gulbenkian - Mário Macilau, Mauro Pinto e Filipe Branquinho  -, existem as obras dos que divergiram do que se pode chamar a escola moçambicana de fotografia, a tradição fotojornalística e humanista, que conta, aliás, com um número extenso de bons autores. José Cabral (n. 1952, Maputo) é o homem da ruptura, que veio trazer ao colectivo da fotografia de Moçambique a necessidade do discurso pessoal, fundado num conhecimento alargado da fotografia internacional e na abertura a interesses culturais amplos, para além do quadro nacional e africano. 

A referência autobiográfica presente nas suas últimas três exposições ("As Linhas da Minha Mão", 2006 Maputo, Photofesta; "Anjos Urbanos / Urban Angels", 2009, na P4 Photography, Lisboa, e Maputo; "Espelhos Quebrados", 2012, Maputo) é uma contribuição corajosa para pôr em evidência o papel e o lugar de quem observa, e que assim, ao expor também a sua história própria, intervém lucidamente como artista nos acontecimentos do presente de um país em mudança. Durante e depois da dinâmica colectiva, com as suas vicissitudes imprevistas, e também terríveis, era tempo de cada um se interrogar a si mesmo e ao possível sentido do percurso comum. Vêem-se agora em "De Maputo" obras escolhidas dessas três exposições: a antologia pessoal, as crianças (os filhos de Cabral e os dos outros, com uma óbvia diferenciação de cor de pele e de meios sociais) e por fim os quase auto-retratos que sinalizam percursos de vida e relações.

José Cabral é hoje a referência cultural e o mestre indisciplinado dos jovens fotógrafos, com uma extensa obra realizada desde que em 1975 começou a trabalhar como fotógrafo no Instituto Nacional de Cinema, a que se seguiram alguns poucos anos de reporter fotográfico de agência, depois no "Notícias" e no "Domingo", com Rangel em 1981-82, mais tarde professor no Centro de Formação Fotográfica, de 1986 a 1990. Em 1996 publicou o primeiro livro A Guerra da Água, ed. da Ébano Multimédia, associada ao filme de Licínio de Azevedo com o mesmo nome (a cores, com problemas de impressão). Tem tentado viver como fotógrafo em Maputo, o que é bem difícil.

Luís Basto (n. 1969, Maputo) é igualmente um autodidacta, com um discurso próprio e reconhecido, que esteve presente em colectivas internacionais como "Africa Remix" (2004) e "Snap Judgments - new positions in contemporary african photography” (2006) de Orkui Enwezor, aqui como único representante de Moçambique. Ao mesmo tempo que tem construído um grande banco de imagens documentais do país (www.mozambiquephotos.com), é um fotógrafo da cidade e da capacidade de sobreviver que aí se refugia: "Os anos vazios passaram; com eles o destino de uma geração que deveria combater pelas razões de outros homens. Muitos nascidos na paz não têm memória das vidas fragmentadas que inundavam a cidade como almas penadas. Donde viemos e onde estamos agora enquadra-se menos no tempo que nas dimensões de espaço da cidade. Estamos nas janelas, atrás das portas, cidadãos reflectidos em todas as nossas contradições." - Berry Bickle e L.B., em Luís Basto fotógrafo, Éditions de l'Oeil, 2004. 

Recuando no tempo, a exposição inclui duas obras de dois autores que, de modos diferentes, trouxeram a experiência adquirida na Rodésia e na África do Sul para desenvolver em Maputo percursos originais e independentes nos anos posteriores à independência, depois interrompidos. 

Rogério Pereira foi um fotógrafo e fotojornalista com itinerário na África do Sul (1968-1977), em Moçambique (1973-1979) e em Portugal (1979-1987), que se destacou com uma produção politicamente empenhada e inquieta, de grande exigência formal. Nasceu em 1942 em Lisboa, foi aos sete anos para Moçambique, e morreu de cancro em Setúbal em 1987 com 45 anos. Em 1973 expôs no Núcleo de Arte com Ricardo Rangel e Basil Breakey. Em 1981 mostrou o seu trabalho na Fundação Gulbenkian ("Momentos"). Em 1990 foi-lhe dedicada uma retrospectiva em duas partes na Associação Moçambicana de Fotografia com a colaboração de Ricardo Rangel, Kok Nam e José Pinto de Sá, que escreveu o texto do catálogo. Uma outra retrospectiva integrou o 1º Photofesta, em 2002, com o título "Verdade".

Moira Forjaz é a autora de Muipiti, Ilha de Moçambique (com texto de Amélia Muge, Imprensa Nacional, 1983 - editado sem a sua supervisão). Nasceu no Zimbabwe em 1942; visitou Lourenço Marques / Maputo desde 1961; com formação em Graphic Arts na Johannesburg School of Arts and Design, trabalhou como foto-jornalista na África Austral desde 1964, e viveu em Maputo entre 1975 e 1988; participou na formação da Associação Moçambicana de Fotografia em 1981 e realizou dois filmes nesse mesmo ano. Outras publicações: Ruth First, Black Gold: The Mozambican Miner, Proletarian and Peasant, St. Martin’s Press, New York / Harvester Press, Brighton, 1983 (photographs), e Images of a Revolution: Mural Art in Mozambique, Zimbabwe Publishing House, Harare, 1983 (Albie Sacks, text; Moira Forjaz, Susan Meiselas, photographs). Voltou a expôr em 2009, "Kukumbula  (Memórias) 1976 – 1986”, Espaço de Kulunguana, Maputo.
-

A Pequena Galeria é um projecto colectivo que ocupa um pequeno espaço de exposição, informação e comercialização de arte, tendo a fotografia como interesse preponderante. 
Pretende ser um lugar diferente, à procura de novas fórmulas de produção e distribuição, atento às actuais condições do mercado e decidido a promover o coleccionismo.