Hipótese 1:
o que no Álbum comemorativo é a exaltação do moderno e da expectativa do desenvolvimento económico (conforme o desígnio oficial então identificado com a gente Pró-Angola, os colonos e as elites dos naturais brancos e pretos - invocando Norton de Matos explicitamente através do precedente da Exposição Provincial de Benguela - Nova Lisboa, 1935) aparece nas outras más fotografias conhecidas e em alguma informação (Diário de Lisboa da época) como uma iniciativa desmesurada e árida, sem população visitante que a justifique. O álbum fotográfico é uma obra de excepção. A Exposição é angolana, sem Henrique Galvão nem António Ferro.
De facto, não é a exibição que importa (importava) mas a aprovação do Plano de Fomento de Angola (um ano depois do de Moçambique). Formulado em Luanda em 1936, promulgado em 1938 em cima da hora. A notícia dos milhões (80, depois 115,5) ocupa as páginas, e justifica a escala do certame.
Mas o início da II Guerra e a penúria de recursos que dela resulta vai adiar os projectos do Plano (até ao Plano seguinte, já não local mas geral, português - a centralização vai continuar). O governador é promovido para a Diamang; os colonos voltam a reclamar (Monsenhor doutor Alves da Cunha vai deportado para Lisboa em 1941).
Depois da Guerra a história muda, o tempo é já outro, o episódio de 38 é esquecido.
É de Fantasia Africana que se trata, como de costume.
O Álbum de 1938 é um intervalo recalcado entre o Porto 1934 e Lisboa 1940. Uma alternativa inviabilizada
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