Modernidade e exotismo estiveram associados desde os sécs XV, pelo menos (novas tecnologias e novos espectáculos tb: as exposições coloniais foram grandes espectáculos de massas, na pista das exposições universais desde 1851 *). Percorrido o globo e assegurada a globalização, a roda joga noutro sentido: são os antes-exóticos que viajam pelos mercados mundiais: como capital ( investidor e/ou predador) e como imigrantes e/ou foragidos clandestinos, estes a lembrar antigos tráfegos esclavagistas mas agora espontaneistas, inorgânicos.
Foi preciso haver curiosidade para estabelecer o contacto e para explorar, nos vários sentidos da palavra. (O gosto pelo exótico é também uma procura do novo e uma vontade de saber. A etapa do zoo humano sucede ao gabinete de curiosidades, e é paralela ao museu). Reduzir tudo a questões de racismo é a posição da pior direita. Colocar o racismo a marcar só um dos lados é uma tolerância que assenta na ignorância e no masoquismo. (Estou a pensar em discursos e exposições que por aí se fazem.)
* ont « un but principal d'enseignement pour le public, faisant l'inventaire des moyens dont dispose l'homme pour satisfaire les besoins d'une civilisation et faisant ressortir dans une ou plusieurs branches de l'activité humaine les progrès réalisés ou les perspectives d'avenir ». « Article 1, 1. de la Convention de 1928 concernant les expositions internationales » [archive], Bureau international des expositions
** http://expositions.bnf.fr/universelles/ : Exposition virtuelle Les expositions universelles à Paris 1867-1900, site de la Bibliothèque nationale de France
*** dd Paris 1855 associam indústria e belas-artes.
leituras recomendadas:
Zoos humains : Au temps des exhibitions humaines
2004 | La Découverte/Poche
Exhibitions : l'invention du sauvage
l'occasion de l'exposition présentée au musée du quai Branly du 29 novembre 2011 au 3 juin 2012.
1936
http://www.theheritageportal.co.za/article/johannesburg-1936-keeping-eye-out-souvenir-survivals
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