domingo, 14 de julho de 2013

David Infante: "123 90 948" (Módulo) em SINES

123 90 948 Série Cortina de Vidro, 2012 (55x55 cm)

123 90 948 de DAVID INFANTE 
apresentado pela(o) MÓDULO em 27 de Outubro / 11 de Dezembro de 2012 


DAVID INFANTE (1982, Angoulème, França), jovem fotógrafo revelado na exposição "À flor da pele", no Centro Português de Fotografia do Porto, em 2007, e, no ano seguinte, no Prémio BES Revelação 2008, expõe uma nova série fotográfica a partir de 27 de Outubro de 2012.  Em 2009, em Lisboa, teve a primeira individual no espaço da Kameraphoto.

No catálogo do Prémio BES, Sérgio B. Gomes refere a dada altura: “.... Sem serem
autofágicas, as fotografias de DAVID INFANTE tendem para a auto-suficiência narrativa,
mas não o isolamento, nem tão-pouco a depuração de sentido. São muitas vezes
labirínticas na forma e no jogo percetivo e muito enredadas no conteúdo. A variedade de
géneros com que Infante trabalha (retrato, auto-retrato, paisagem) serve para ampliar ainda
mais o universo do seu programa fotográfico rumo a uma complexa teia de referências, que
vão desde um espaço pessoal e reconhecível até aos mais abstratos e dispersos contornos
geográficos. Desde a mais íntima expressão do rosto até à sua negação enquanto veículo
privilegiado de contacto de quem olha para quem é olhado.. ....”

A série, que agora mostra, confirma um autor com um percurso pessoal, onde sentimos uma estranheza constante perante as várias situações encenadas que DAVID INFANTE regista a preto e branco e em provas analógicas. A presença dominante do retrato, com ou sem máscara ou a paisagem conduz-nos a outros territórios que vão além da mera fidelidade fotográfica.
DAVID INFANTE designa o portofólio, agora apresentado, pela série numérica 123 90 948.

No texto da folha de sala, o autor refere a dada altura: 

“Em todo o meu trabalho aparece refletida de forma constante “a busca da identidade”. A nossa identidade formaliza-se através de um número identificador que nos acompanha por todo o tempo de vida e nos identifica perante a sociedade.
Da mesma forma que, apesar da vivência das mudanças e das transformações por que passamos, esse número nos acompanha sempre, a “obra” operada por cada um, representa a sua própria identidade em círculos mais restritos, capaz, por si só, de definir o indivíduo muito para além do abstracto que é um conjunto de caracteres, a formar um número.

Ironicamente, do pouco ou nenhum sentido do paralelismo que possa existir nestas formas de identificar a pessoa, nasceu a ideia de dar a este trabalho o título 123 90 948, que por um lado, é uma identificação pessoal e, em simultâneo, passa a ser a marca “emblemática” da obra por mim produzida. Se o tal identificador numérico jamais me abandonará , tenho a certeza que as minhas fotografias me acompanharão sempre, já que são elas a parte mais importante da minha identidade. “.
(press-release)

Cortesia MÓDULO – CENTRO DIFUSOR DE ARTE: CALÇADA DOS MESTRES, 34 A/B . 1070-178 LISBOA . 213 885 770 . 309 845 575   modulo@netcabo.pt
123 90 948 Série Batráquios, 2012 (55x55 cm)
123 90 948 Série Espécie humana, 2012 (55x55 cm)
123 90 948 Série Corpo Subtraído, 2011 (55x55 cm)
123 90 948 Série Cortina de Vidro, 2012 (55x55 cm)



quarta-feira, 10 de julho de 2013

“GRUPO DE ÉVORA” AGORA EM SINES




Centro Cultural Emmerico Nunes
12 Julho - 28 Setembro

Fotografias
António Carrapato, João Cutileiro, Pedro Lobo, José M. Rodrigues + David Infante

Já existiram vários Grupos de Évora, mas neste caso em que se trata de fotografia o grupo não existe, ou melhor, só passou a existir por efeito de uma exposição que se inaugurou em Lisboa, seguiu depois com o nome “4 em Évora” para esta cidade, e está agora em Sines numa nova configuração.

A exposição junta cinco fotógrafos que residem e trabalham em Évora, um deles mais conhecido como escultor, mas que há muito pratica a fotografia. Quatro deles foram  reunidos numa recente exposição d'a Pequena Galeria sob a designação “Grupo de Évora” que assinalou a circunstância de existirem várias obras de grande qualidade que partilham a luz do mesmo lugar, ao mesmo tempo que interrogava essa coincidência, acidental ou talvez não. Entre eles não existiam cumplicidades de trabalho nem qualquer rede de relações comuns, e alguns dos quatro, cinco agora, não se conheciam pessoalmente antes de serem desafiados a associarem os seus trabalhos. Mas sendo a cidade fértil quanto ao surgimento de artistas e iniciativas colectivas (1) importava dar a ver, fotograficamente, esta concentração excepcional, ou única no país, de talentos e de carreiras confirmadas.

José M. Rodrigues, SINES I & II

Exposição “Improvisos”, fotografia de José M. Rodrigues

Improvisos


Centro de Artes de Sines – Centro de Exposições 
 6 de julho a 29 de setembro | Todos os dias, 14h00-20h00


José M. Rodrigues, natural de Évora, é um dos grandes fotógrafos portugueses, Prémio Pessoa 1999. A exposição “Improvisos” segue os seus passos experimentais entre 1972 e o presente, com especial enfoque na década de 80. Durante esse período, radicado na Holanda, dedicou-se à fotografia criativa e conviveu de perto com os movimentos vanguardistas centro-europeus. Na sua obra, encontram-se influências da Photoart e de movimentos de arte conceptual, cinema experimental e artes performativas, bem como citações de diferentes eras da história da fotografia. Nos anos 80, rompe com as duas dimensões e começa a jogar com as ambiguidades na representação. É uma fase em que utiliza intensivamente outras linguagens (objetos tridimensionais, vídeo, performance), não com o objetivo de diluir as fronteiras entre a fotografia e outras disciplinas, mas como um trabalho de fusão de linguagens em nome da fotografia. Quando, em 1993, regressa a Portugal, e em especial ao Alentejo, um território fotograficamente quase “virgem”, que merece ser tratado pela fotografia “pura e sólida”, começa a distanciar-se do experimentalismo, mas continua a regressar a ele quando isso ditam as suas necessidades criativas.
Imagem: Auto-domínio, 1983 (inf. institucional)
http://centrodeartesdesines.com.pt

e
também

"GRUPO DE ÉVORA", Centro Cultural Emmerico Nunes

12 de Julho - 28 de Setembro (14-18h excepto dom.)

Com António Carrapato, João Cutileiro, Pedro Lobo, J.M.Rodrigues e David Infante

http://ccemmericonunes.blogspot.pt/


Grupo d'Évora no Público (8 de Maio)

por Sérgio Gomes, do Público (#2, Revista,  8 de Maio, pág. 36-39) 

http://artephotographica.blogspot.pt


A Pequena Galeria juntou o Grupo d"Évora, fotógrafos que estavam juntos sem o saber

Damos o primeiro passo e, sem aviso prévio, encontramos logo o riso e a chalaça visual (António Carrapato). Damos outro passo e somos invadidos pelo cheiro a sacristia, cercam-nos os santos, bamboleiam os altares a cair de podre (Pedro Lobo). Um passo para a direita e vemo-nos ao espelho através de um patchwork de retratos pouco vistos no álbum de família da cultura portuguesa (João Cutileiro). Outro passo mais para a esquerda e somos armadilhados pelo jogo sedutor das imagens duplas (José M. Rodrigues). Já no fim, ao quinto passo, voltamos ao início, à fotografia alegre e divertida (Carrapato) e também aos tons de roxo, ao odor a cera e... ao Senhor dos Passos (Lobo).

Mas isto é um grupo? É - o Grupo d"Évora que, sem saber, já existia. Quem os juntou foi Alexandre Pomar para a terceira exposição na Pequena Galeria, em Lisboa, que pretende tão simplesmente reunir fotógrafos que gravitam em torno daquela cidade alentejana mas que têm um olhar muito para lá da geografia. "A ideia foi dar a conhecer um núcleo de fotógrafos de carreira excepcional que não tinha uma dinâmica de grupo. Acontece que Évora já teve uma grande dinâmica de grupos de artistas e por isso achei interessante juntá-los pegando num título que já vem de trás", explica Pomar.

A mescla de estilos, formatos e famílias fotográficas de Grupo d"Évora (até 11 de Maio) é grande, diversidade que o comissário transformou num desafio de montagem nas paredes altas da Pequena Galeria que tem um espaço expositivo que se percorre em breves cinco passos (mais coisa menos coisa). Alexandre Pomar vê esta limitação como uma mais-valia, já que implica mostras com trabalhos de dimensões reduzidas, o que, em regra, também faz baixar os preços (aqui começam nos 100 euros). Pedro Lobo costuma expor o seu trabalho em grandes formatos, mas para esta exposição foi obrigado a repensar as imagens da série In Nomine Fidei, trabalho sobre a decrepitude de espaços e objectos religiosos que o levou a procurar molduras antigas que ditaram novos reenquadramentos (cada trabalho é por isso um objecto único).

Tentando contrariar uma tendência de "usa e deita fora" de muitas galerias que trabalham na área da fotografia de novos autores, Pomar sublinha a importância de mostrar o trabalho menos conhecido de nomes já firmados. Como o de João Cutileiro, dono de um acervo de retratos da cena cultural portuguesa pouco vistos em público. Cutileiro (que nem quer ouvir falar em séries numeradas) optou por mostrar impressões a jacto de tinta feitas na sua impressora caseira. José Manuel Rodrigues, por seu lado, revela uma série de fotografias inédita (água, paisagem e auto-retrato), instaladas com papel vegetal por cima, também ele impresso com imagens da sua autoria. De António Carrapato (colaborador do PÚBLICO) mostra-se uma faceta autoral rara em Portugal: a do humor, da fantasia e do divertimento. Porque rir nunca foi tão preciso.

Da série In Nomine Fidei
© Pedro Lobo

Évora, 2010
© António Carrapato

Gérard Castello Lopes, 1962, Praia da Salema - Algarve
© João Cutileiro

Viana do Alentejo, 2-17-2012, 1h31
© José M. Rodrigues

domingo, 7 de julho de 2013

APomarGaleria: A seguir SINES

APomarGaleria: A seguir SINES: 12 de Julho, inauguração às 21h, Centro Cultural Emmerico Nunes Também com David Infante (col. Galeria Módulo) 12390948  ...

A seguir SINES

12 de Julho, inauguração às 21h, Centro Cultural Emmerico Nunes


Quatro fotógrafos com carreiras diferentemente extensas e reconhecidas que foram associados para a exposição sob uma designação já usada com frequência por artistas nascidos ou a trabalhar em Évora. Ou seja, o Grupo não existia nem passou a existir, e vários dos fotógrafos nem se conheciam pessoalmente. 
Há outros fotógrafos activos e reconhecidos em Évora, mas a escolha foi esta:
Com o escultor João Cutileiro, também fotógrafo desde os anos 50 (expôs fotografias pela 1ª vez em 1961, publicou em 1971 fotos de 1959 e 1963 - Cutileiro fotógrafo ); o "consagrado" José M. Rodrigues, Prémio Pessoa; o brasileiro de longa obra e itinerância Pedro Lobo e o fotojornalista António Carrapato, 

e agora também
com David Infante (col. Galeria Módulo)

12390948

 

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 Évora, Palácio da Galeria, 17 de Maio a 8 de Junho: "4 em Évora" 

ver: 4 em Évora / Grupo de Évora // “ÉVORA GROUP” / “4 IN ÉVORA”

 




 

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A Pequena Galeria, Lisboa ( 26 de Abril a 11 de Maio )





A Pequena Galeria