A obra de carácter históricocientífico intitulada “Banco Nacional de Angola – 60 anos de edificação” foi apresentada a público no passado dia 4 do corrente, no hall daquela instituição financeira, para celebrar mais um aniversário do BNA.
Da autoria do arquitecto Filomeno Fialho, que também exerce o cargo de consultor do governador e director de património e serviços do banco, o livro, com 184 páginas em impressão de capa dura cartonada e com numa cuidada impressão gráfica representa, no dizer do seu autor, um trabalho de pesquisa e de investigação de sete anos consecutivos, durante os quais, Filomeno Fialho não poupou esforços para contactar até a família do arquitecto Vasco Regaleira em Portugal, autor do projecto arquitectónico do edifício que é hoje a sede do BNA.
Fialho contou com o testemunho vivo de um dos construtores do edifício, Manuel Henrique Pires, falecido este ano e que trabalhou na edificação da obra como construtor de tectos falsos (caixetones).
A ideia do livro nasceu após uma apresentação que o arquitecto Fialho, já no cargo de director do património, fez aquando da celebração dos 50 anos do BNA, e que visa “despertar a consciência de muitos para a necessidade da preservação do património histórico”, património que, no caso do BNA, é composto de obras de arte arquitectónica de inegável valor estético e patrimonial.
Como se lê, à página 56, “na elaboração do projecto, o arquitecto pretendeu conceber uma obra que arquitectonicamente reflectisse a época Setecentista” (...) datada “da grandiosidade e carácter que um edifício desta natureza deve ter...” (...) “...á data da sua inauguração – 7 de Setembro de 1956 – tornar-se-ia pela sua função e monumentalidade, num exemplar único da Arquitectura do Mundo Lusófono e no ex-libris de Angola, coroa que ainda hoje ostenta.”
Para além do figurino estético material, o livro fala-nos também da história do banco que está intimamente relacionada com a história económica de Angola. Daí a sua importância, tanto para académicos, como estudantes e público em geral.
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