segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Espólio de José Redinha

https://leonorfigueiredo.files.wordpress.com/2012/05/caju_jose-redinha1.pdf


Espólio de José Redinha

Artigo de Leonor Figueiredo publicado na revista Caju em 20 de Janeiro de 2012

José Redinha por descobrir
Em Portugal existem muitos pedaços da História de Angola, heranças do tempo colonial. O espólio do antropólogo e etnólogo José Redinha (1905-1983), recheado de documentos e manuscritos inéditos, é um desses casos. Está inacessível ao público.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Década de 30 (Exposições 1931, 1934, 1836, 1940)

The Global 1930s: The International Decade

Front Cover
Taylor & Francis, Jul 4, 2017236 pages
Decentering the traditional narrative of American breadlines, Soviet show trials and German fascists, The Global 1930s takes a truly international approach to exploring this turbulent decade. Though nationalism was prevalent throughout this period, Matera and Kent contend that the 1930s are better characterized by the development of internationalist impulses and transnational connections, and this volume illlustrates how the familiar events of this decade shaped and were shaped by a much wider global context.
Thematically organized, this book is divided into four main parts, covering the evolving concept and trappings of modernism, growing political and cultural internationalism, the global economic crisis and challenges to liberalism.
Chapters discuss topics such as the rivalry between imperial powers, colonial migration and race relations, rising anti-colonial sentiments, feminism and gender dynamics around the world, the Great Depression and its far-reaching repercussions, the spread of both communist and fascist political ideologies and the descent once more into global warfare.
This book deftly interrogates the western-focused historical tropes of the interwar years, emphasizing the importance and interconnectedness of events in Asia, Africa and Latin America. Wide-ranging and comprehensive, it is essential and fascinating reading for all students of the international history of the 1930s.

Johannesburg 1936







quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Exposição Colonial de 1934, Porto

http://doportoenaoso.blogspot.pt/2014/02/o-porto-dos-anos-30a-exposicao-colonial.html

A mais extensa documentação iconográfica sobre a ECP 1934, reunida por Ricardo Figueiredo no seu blog "do Porto e não só..."


http://doportoenaoso.blogspot.pt/2014/02/o-porto-dos-anos-30a-exposicao-colonial.html

domingo, 19 de fevereiro de 2017

2017, Exclusões na Arco Lisboa de 3 galerias de 1º plano: 111, Barbado e Underdogs. Martin Parr...

A propósito de Martin Parr, apresentado em Lisboa pela galeria de João Barbado em 2015, lembro-me de um escandaloso incidente que impediu a sua presença com obras inéditas no Arco Lisboa de 2017, e contribuiu para o posterior encerramento da Barbado Gallery, que então mantinha uma relação directa ou privilegiada com a agência Magnum. Ficou a dever-se o ataque infame à Cristina Guerra, então à cabeça da máfia galerística em Portugal.

02/19/2017, blog typepad agora wordpress

As representações das três grandes galerias afastadas da Arco Lisboa estariam sem margem para dúvidas entre as mais fortes da Feira.

Segundo o regulamento, cada galeria tem de ter um artista em destaque, para além da eventual apresentação colectiva de outros nomes. Ora a Barbado Gallery preparava a apresentação de MARTIN PARR, um dos nomes mais famosos e mediáticos do panorama mundial da fotografia, que também ocupa hoje um lugar de grande peso na orientação da Magnum e no universos dos photobooks. Seriam apresentadas fotografias de Espanha e um outro conjunto inédito realizado em Portugal. Foi atribuído ao projecto uma pontuação muito baixa, por razões que não custa entender.

Para João Barbado que cumpriu dois anos de actividade, trata-se de «um rude golpe do ponto de vista comercial» devido à visibilidade da feira, e também em termos de relacionamento internacional. O qual, aliás, não lhe tem faltado, como demonstram os artistas da sua programação: para estar na Arco Lisboa, abdicou da Photo London 2017, onde teria lugar assegurado.

Quanto à 111 teria em destaque no seu stand da Cordoaria PEDRO A.H. PAIXÃO ( Pedro AH Paixao ), um artista exposto na galeria em Setembro de 2015 com grande sucesso da crítica e não só:  http://111.pt/ É  reconhecidamente um artista com uma obra muito original, com que a 111 renovou significativamente a sua actividade. É por ser uma galeria de 1º plano nacional e por apresentar na feira um projecto ganhador que a concorrência (aliás, Cristina Guerra) a excluiu: http://www.pedroahpaixao O afastamento da 111 tem já um historial anterior de hostilizações que deu lugar ao corte de relações pessoais.

Screen Shot 2017-02-19 at 18.05.55Pedro A.H.Paixão

Em terceiro lugar, ou 1º, a ordem é arbitrária, a Underdogs, que é orientada por Alexandre Farto – aka Vhils, e possui <ao tempo> dois espaços em Lisboa, concorreu com a apresentação destacada de dois artistas: PEDRO MATOS (Pedro Matos na Underdogs), um artista cujo trabalho se afasta notoriamente dos modelos correntes da arte pública, numa direcção mais reflexiva, com um percurso internacional que tem passado por São Francisco, Londres, Los Angeles ou Milão – http://www.pedromatos.org/  – anterior exp. individual  Less Than Objects na Galeria Presença, Porto, e Underdogs Gallery, Lisboa.

Screen Shot 2017-02-19 at 18.07.01Less Than Objects na Galeria Presença, Porto

E também o alemão CLEMENS BEHR , "a German graphic designer and artist with a background in graffiti, who makes use of inexpensive, discarded materials to create complex, ephemeral architectural structures based on geometric forms that reflect elements from the surrounding environment." – http://www.under-dogs.net/artists/clemens-behr/. O respectivo site permite conhecer uma obra inventiva e de grande impacto : http://www.clemensbehr.com/.

Screen Shot 2017-02-19 at 18.08.18Good news first please", Solo show for the opening of Galerie Nathalie Halgand in Vienna.

A exclusão não foi uma surpresa, porque o mesmo ocorrera em 2016, mas para um dos responsáveis pela galeria-agência é uma decisão que vai ao arrepio de uma anunciada intenção de reunir na feira práticas e artistas inovadores. Note-se que Vhils esteve presente em 2016 na feira Arco de Madrid e na The Armory Show de NY representado pela galeria Vera Cortês. A oposição à chamada «street art», que está na origem da Underdogs, não é a raiz da exclusão.

domingo, 11 de dezembro de 2016

2016, Polémica

 A história inovadora

´Transcrevo do Facebook (de 10 de Dez.) para não perder mais tempo. Com um ou outro acrescento pontual.

1- Já leram a promoção que um conhecido semanário (o Expresso) faz hoje de um des/conhecido historiador de arte (o BPA, catedrático)? É informação? É crítica? É recado? É bairrismo? É publicidade? É uma vergonha. Rais partam o semanário que desce, desce, desce... Fiquei espantado qd vi a revista de um amigo. Como não acreditei, vim a casa digitalizar para guardar as provas do delito (do Valdemar Cruz, um topa a tudo sem competência para se ocupar do tema, mesmo como jornalista generalista).

2- Devo dizer que comecei a ficar incomodado qd recebi um mail assim: "Conversa Pública e Lançamento do Livro
Com <...o autor> (Professor Catedrático na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) e João Ribas (Diretor Adjunto do Museu de Arte Contemporânea de Serralves)

Com esta obra luxuosa, repleta de belíssimas imagens (mais de 500), <o autor> apresenta-nos uma visão profundamente original e inovadora da História da Arte portuguesa no último século.
Rompendo com muitas das ideias cristalizadas no tempo sobre artistas inigualáveis como Amadeo de Souza-Cardoso, e revelando a genialidade de nomes quase esquecidos, o mais importante crítico de arte da atualidade oferece-nos uma panorâmica, excecionalmente rica e solidamente fundamentada, da receção nacional aos movimentos artísticos do século XX e dos seus protagonistas.
Esta será, daqui em diante, ‘a’ História da Arte portuguesa contemporânea, referência incontornável para artistas, colecionadores, estudantes e amantes de arte.

" 'É com este alfobre de ideias, de conhecimentos enciclopédicos, de finura de observação, de alta cultura não só artística como também filosófica e literária, através de uma escrita sempre elaborada e original, rica de semelhanças e diferenças, que o leitor fica – com as imagens ao lado – habilitado a escolher de entre o ‘museu imaginário’ concebido <pelo autor> as obras que mais gostaria de levar para casa a fim de as colocar no pequeno museu da sua imaginação.' - do prefácio de Manuel Villaverde. " [Mas foi mesmo o MVC que escreveu esta prosa digna de um qq serôdio académico? Não é o Manel que eu conheci.]

Enviado pelo autor do livro, este escrito promocional está também e ainda na Agenda de Serralves: http://www.serralves.pt/pt/actividades/historia-portuguesa-do-sec-xx-uma-historia-critica/ Já tinha esquecido a coisa qd sábado deparei com a Revista do Expresso. Anote-se para a História que alinham nas sessões, no Porto, o João Ribas, o António Guerreiro e o Manuel Villaverde Cabral, e em Lisboa Margarida Acciaiuoli, o mesmo Manel e o José Bragança de Miranda, numa "conversa aberta" moderada por Margarida Brito Alves e Filomena Serra.

3- Pergunta o escriba (V.C.) para entrar na matéria: "Pode um artista integrado na lógica fascista ser em simultâneo um modernista?" (e se dissermos que a "lógica fascista" é em si mesmo modernista? - o perguntador perderá o pé?)

"Há um modernismo fora de Lisboa, porque o regime proibia as manifestações modernistas. Sobretudo a partir de 1931, procura arregimentar os artistas." Vem entre aspas, deve ser do catedrático.
'O regime' já proibia antes de 1931? Já procurava arregimentar os artistas? Mas 'o regime' existia antes de 1931? Ferro antes de Ferro?

'O regime' fazia as suas Exposições de Arte Moderna, no SPN/SNI, por onde passavam os modernos / 'modernistas' existentes, contemporâneos mais ou menos coevos das modernidades moderadas dos anos 30 com curso dominante em todo o mundo, nessa década de reafirmações realistas em diferentes formações nacionais (ver "Années 30 en Europe - Le Temps Menaçant", MAM Ville de Paris 1997) e incluindo surrealistas como Pedro, Dacosta e Cândido (eram do "contramovimento" segundo MVCabral), e até futuros neo-realistas, mas diz-se que "proibia as manifestações modernistas" (as exposições, entenda-se).

"Não se pode dizer que aquele grupo dos neomodernistas lisboetas são pintores modernistas, porque vendiam todos para o regime". Temos aqui um 'must' entre as muitas pérolas. Eram modernos porque expunham no Salão de Arte Moderna e porque se contrapunham aos "botas de elástico" da SNBA (a Sociedade à antiga), como se devia saber, e também eram 'neomodernistas' mas não, nunca modernistas. Vá-se lá entender o que por aí se escreve, inovando, polemicando, contextualizando, e com muitas ilustrações para fazer um coffee table book a dar-se ares de hiustória crítica.
Estranho era o Botas ('o regime') ter comprado a todos - ele saberia? Assinava os cheques sem ver? O Ferro enganava-o? Temos por aí uma nova pista para abordar o fascismo nacional.

Os artistas que trabalharam para António Ferro "não são modernistas, e esta é a primeira grande dissensão relativamente ao critério de França". Etc, por aí fora, sem se perceber se o jornalista percebe o que escreve e o que cita.

Modernismo é uma palavra de uso difícil e variado, que quer dizer coisas diversas, episodicamente, em países e tempos diferentes. Modernista, em princípio, era alguém ou algum movimento que se reclamava como moderno, como do seu tempo, portanto inovador, em geral definindo-se numa "vanguarda", numa corrente, tendência ou estilo que se opunha a outros, anteriores ou diversos. Hoje já não há modernistas, o que torna mais complexo um uso útil do termo: ou é uma categoria precisa na história ou é uma sucessão ± vaga de movimentos e/ou vanguardas que têm só em comum o facto de se substituíram e/ou sobreporem desde meados do séc. XIX aos academismos e salonismos (aos gostos dos Salons) dominantes. Para muitos ficou entendido como modernismo a sua versão tardia e última, formalista à Greenberg. Mas modernismo pode ser também um não-conceito vazio, um saco de gatos, uma rasteira aos incautos, um factor de intermináveis confusões.

ADENDA

Recordo que, entre outros quiproquos, no Expresso e fora, escrevi em 1994 uma crítica sobre a 1ª versão desta mesma história nacional: EXPRESSO Actual, 12 Fevereiro, pp. 15 e 16, sob o delicado título "Borrar a pintura". O sr respondeu na edição de dia 26 (texto não transcrito no local abaixo referido) e eu respondi-lhe na mesma data ("Ponto final"): os interessados podem ler em http://alexandrepomar.typepad.com/alexandre_pomar/2010/01/pol%C3%A9mica-em-1994.html

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

2016, POSTWAR 1945-1965, Okwui Enwezor (Munique), Realisms (III)

 POSTWAR 1945-1965, Okwui Enwezor (Munique 2016)

Alice Neel, Beauford Delaney, Julio Pomar, etc

The United States had its own contingent of fellow travelers. As Alice Neel, considered by manv a pioneer of Socialist Realism in American painting, declared in 1951, "I am againest abstract and non-objective art because such art shows a hatred of human beings. East Harlem  is like a battlefield of humanism, and I am on the side of the people here, and they inspire my paintings." The dandyish pose struck by the young George Arce in his portrait by Neel is hit a thin vencer over the violent life of teenagers of color in Spanish Harlem.

Alice Neel, quoted in Andrew Hemingway, Artists on the Left: American Artists and the Communist Movement, 1926-1956 (New Haven: Yale University Press, 2002), p. 248.



The long pictorial tradition of a victimized yet heroic peasantry continued to empower artists to voice a strong "j'accuse!" against regimes of political domination. The Portuguese artist Julio Pomar thus painted the monumental female rice-pickers in Etude para Ciclo do Arroz II (Study for Rice Cycle II, 1953; plate 183) under the dictatorship of António Salazar.

See, lúlio Pomar. Alexandre Pomar. and Natalía Vital. Júlio Pomar, Cataloque raisonné (Paris, Différence. 2001),