terça-feira, 25 de março de 2014

Angola: o exemplo de NOVA LISBOA 1935 / Voz do Planalto

1929

1931

#

1932


Org. de Henrique Galvão

#
1935

"foi sobretudo perante a realização feliz da exposição provincial de Nova Lisboa, levada a efeito em Setembro de 1935, que a ideia ganhou corpo" (despacho)

como uma evocação de Norton de Matos, e "a sua rasgada visão de futuro"; 23 anos depois, o Huambo é "uma cidade progressiva e moderna"

"e o intimerato colono do planalto"

1938 Álbum: indígenas e arte indígena


(pistas sobre Etnografia angolana, anos 30, no final )

 8

28

33

Alguns pretos ou negros perdidos no cenário
e os pavilhões próprios, de arte indígena (representação geral 90 e 91); uma aldeia no Pav. de Benguela, e as esculturas no exterior (tb fotografadas por Elmano Cunha e Costa); os pavilhões de arte indígena do Bié e de Malange

90
Arte indígena, pavilhão 5

91
idem, interior

108
Pav. Benguela

121
Sociedade Agrícola do Cassequel (Benguela)

128
Bié
131
Malange

#

Do Acampamento indígena não há fotos(é referido na crónica do Diário de Lisboa)

#

Em 1938 é presidente da Câmara de Luanda (interino) o eng. Fernando Mouta, autor da obra pioneira 'Etnografia Angolana', editada em 1934. (Carlos Estermann refere-se-lhe em 1956 como a 1ª obra que conhece no género).

África Ocidental Portuguesa (Malange e Lunda) - 1ª Exposição Colonial Portuguesa 1934

está todo reproduzido aqui*:  rare-livre-culte-1934
em site de Contrees lointaines
acedido em 25/03/2014 através de Central Library of African Studies (Biblioteca Central de Estudos Africanos):

* trata-se de um exemplar que foi encadernado - diferente da edição original que reúne as folhas soltas num envelope.

O eng. Fernando Mouta trabalhou nos estudos do prolongamento do Caminho de Ferro de Luanda além Malange, como refere na 2ª das duas intervenções que proferiu no 1º Congresso Nacional de Antropologia Cultural, por ocasião da 1ª Exp. Colonial Portuguesa, Porto 1934: Notícia sobre um curioso tambor dos Mussucos (Lurêmo Angola ) pp. 210-2, com 2 fotos, e Contribuição para o estudo da Etnografia angolana (distritos de Malange e Lunda), pp. 213-6. 

O eng. Fernando Mouta, entre outros lugares na estrutura organizativa da Exposição-Feira, pertenceu à Subcomissão da Representação Indígena.
O P. Carlos Estherman integrou a Delegação Provincial de Huíla.

Elmano Cunha e Costa expôs em Lisboa, no SNI, fotografias etnográficas. Ver: https://alxpomar.blogspot.com/search/label/Elmano%20Cunha%20e%20Costa

Outra ponta da meada é José Redinha, em Angola desde 1928/9, como jornalista e desenhador de arte. Em 1936 realizou-se uma exp. dos objectos etnográficos que recolheu, o que o levou a ser contratado pela Diamang e ao lugar de conservador do Museu do Dundo

sábado, 22 de março de 2014

1938 o ÁLBUM: cap. 2: noite e dia

"ASPECTOS PARCIAIS DIVERSOS"
11

12

13

14

15

16

17
O Monumento a Portugal Civilizador, de João Eugénio de Morim
18
até 24 pelo menos e em vários outros momentos do Álbum

o dia é muito cedo, de madrugada, pela ausência de sombras, e possivelmente antes da inauguração: F. Marques da Costa acompanhava a visita de Carmona e teve pouco tempo para fotografar.  Poucas fotografias, depois da cerimónia da inauguração, contam com a presença de público.

1938, a VISITA PRESIDENCIAL

pág. 154 (o resumido nº são 8 fotografias - no Álbum 140)

155

157

159

161 
Pavilhão Principal, de Fernando Batalha

 163

165

167 (foto repetida no Álbum Comemorativo) *

169


in MEMÓRIA DE ÁFRICA e do Oriente

* foto incluída no catálogo da Ether, 1987

1938 o ÁLBUM: inicio

Um photobook (ou álbum fotográfico) é uma questão de ritmo. 
Angola 1938 começa com a inauguração oficial, mas as fotografias são mais informais do que se poderia prever num álbum também oficial - e imperial. A imagem é ágil e o movimento é 'cinematográfico', com uma rapidez e um efeito de montagem gráfica de planos e pontos de vista, como se observa logo na cobertura da cerimónia inaugural, que marcam o melhor do fotojornlismo de Firmino Marques da Costa. Aqui não se pratica a fotomontagem para ter movimento e animação gráfica.
Começa-se num plano aproximado (com o presidente a cortar a fita) e a câmara recua até ao plano geral da multidão oficial que entra no recinto:
pág. 1, cap. 1, 7 fotos

Foto 1
 2
 3
 4

 5
Aqui, a personagem de capacete e barbas é o famoso Monsenhor Manuel Alves da Cunha (Vigário Geral de Angola, 2ª figura da hierarquia local, após o arcebispo de Luanda, e tb figura importante da maçonaria angolana, a Kuribeka - com a alcunha de Monsenhor Kuribeka), esteve ligado a conspirações de colonos contra a ditadura, em 1936/37 e de novo em 41 - então deportado pelo governador Marques Mano*). Será Henrique Galvão o sr à sua esq, junto à bandeira?
 6
 7, o Pavilhão Principal, arq. Fernando Batalha

 pág 9
(novo capítulo, de apenas duas páginas:
noite e dia, numa alternância que se vai manter em seguida - a iluminação pública chegava então a Luanda)
Foto 8
 e 9
A seguir, novo separador "Aspectos parciais diversos"

* ver Fernando Tavares Pimenta,Angola, os Brancos e a Independência, Afrontamento 2008

Elmano Cunha e Costa, SPN 1938 (Elmano 1)

A notícia publicada em "Objectiva", nº 15, Agosto, pág. 38

O homem da Missão Etnográfica


fotografou na Exposição-Feira de Angola 1938.

O seu retrato do catálogo da Secção Colonial de 1940:

e serão suas as fotos de Angola aí publicadas

Angola 1938



Apresentação de um Álbum ou photobook praticamente desconhecido, editado dois anos antes da Exposição do Mundo Português, por ocasião da visita de Carmona às Colónias. Fotografada por Firmino Marques da Costa (atribuição), a EXPOSIÇÃO-FEIRA ANGOLA 1938 quis ser a demonstração “vincadamente utilitária e prática” da realidade económica de Angola e da determinação dos velhos colonos, muitos deles de inclinação autonomista, face à política imperial de Lisboa. Concebida e realizada apenas por gente de Angola, teve direcção técnica de Vasco Vieira da Costa, então um jovem desenhador e funcionário aduaneiro, que viria a ser o grande arquitecto moderno de Angola (o autor do Mercado de Kinaxixe, 1950-52). 
O Álbum editado pelo Governo Geral de Angola, certamente escassamente distribuído e apenas como ofertas, é um dos melhores photobooks de produção nacional (neste caso angolana), a conhecer quando quatro outras publicações portuguesas entram no 3º vol. da obra de Martin Parr e Gerry Badger (The Photobook: A History). Revelação da produção arquitectónica e cenográfica inicial de Vasco Vieira Costa (1911-1982, naturalizado angolano), pode ser  igualmente a abordagem a um momento particular da história colonial de Angola, sob o mandato também pouco estudado do então governador coronel António Lopes Mateus (1935-1939), depois presidente da Diamang,