sexta-feira, 25 de abril de 2014

1982, Encontro de Fotografia Antiga

17-19 Nov. 1982, 
Arquivo Nacional de Fotografia, 
antigo Laboratório de Química do rei D. Carlos, Palácio da Ajuda
José Luís Madeira




parte de telex da Lusa (ou seria ainda Anop?)
O ANF desde 1976

Bibliog.: António Sena, " A fotografia contra o património", Expresso 27 Nov. 1982, pág. 31-31 R


os Arquivos em 1982

Há quase 32 anos...

DN 18 Nov. 1982: 1º Encontro Nacional de Fotografia Antiga. Org. de José Luís Madeira


Arquivo Nacional de Fotografia (em organização), Instituto Português do Património Cultural, Palácio da Ajuda,

DN 23 Nov. 1982:





O José Luís Madeira (1948-2012). Foto de Guta de Carvalho, trazida do Instante Fatal
 do Luíz Carvalho (12 Abril 2012). "He developed an important work in Portuguese photographic history, at several levels, and left unfinished books and exhibition projects, in particular those concerning Lisbon and Portuguese India photographic history. His death was a severe blow to the knowledge of these subjects in Portugal."Nuno Borges de Araújo

1938

Hipótese 1:
o que no Álbum comemorativo é a exaltação do moderno e da expectativa do desenvolvimento económico (conforme o desígnio oficial então identificado com a gente Pró-Angola, os colonos e as elites dos naturais brancos e pretos - invocando Norton de Matos explicitamente através do precedente da Exposição Provincial de Benguela - Nova Lisboa, 1935) aparece nas outras más fotografias conhecidas e em alguma informação (Diário de Lisboa da época) como uma iniciativa desmesurada e árida, sem população visitante que a justifique. O álbum fotográfico é uma obra de excepção. A Exposição é angolana, sem Henrique Galvão nem António Ferro.

De facto, não é a exibição que importa (importava) mas a aprovação do Plano de Fomento de Angola (um ano depois do de Moçambique). Formulado em Luanda em 1936, promulgado em 1938 em cima da hora. A notícia dos milhões (80, depois 115,5) ocupa as páginas, e justifica a escala do certame.

Mas o início da II Guerra e a penúria de recursos que dela resulta vai adiar os projectos do Plano (até ao Plano seguinte, já não local mas geral, português - a centralização vai continuar). O governador é promovido para a Diamang; os colonos voltam a reclamar (Monsenhor doutor Alves da Cunha vai deportado para Lisboa em 1941).
Depois da Guerra a história muda, o tempo é já outro, o episódio de 38 é esquecido.

É de Fantasia Africana que se trata, como de costume.
O Álbum de 1938 é um intervalo recalcado entre o Porto 1934 e Lisboa 1940. Uma alternativa inviabilizada